15 novembro, 2011






‎"Então, pintei de azul os meus sapatos


por não poder de azul pintar as ruas,
depois, vesti meus gestos insensatos
e colori as minhas mãos e as tuas.


Para extinguir em nós o azul ausente
e aprisionar no azul as coisas gratas,
enfim, nós derramamos simplesmente
azul sobre os vestidos e as gravatas.

E afogados em nós, nem nos lembramos
que no excesso que havia em nosso espaço
pudesse haver de azul também cansaço.

E perdidos de azul nos contemplamos
e vimos que entre nós nascia um sul
vertiginosamente azul. Azul."


(PENA FILHO, Carlos. Soneto do Desmantelo Azul. em: Grandes Sonetos da Nossa Língua.)

13 novembro, 2011

(UMA) INSTALAÇÃO...

‎"O triste dos caminhos é que eles jamais podem ir aonde querem" 

(QUINTANA, Mario. Para seguir em frente)




JARBAS LOPES
Parque Ibirapuera, SP